quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

geração perdida

Pois bem, provavelmente muitos de nós já ouviram a expressão: "esta geração está perdida". E quem ouviu isso pode estar perto de um facto cada vez mais real. Assim o indica um estudo financiado pelo Príncipe Carlos e encomendado pela organização não governamental Prince's Trust. A geração de adolescentes entre 16 e 25 anos pode estar realmente perdida. E tudo isto se deve à falta de motivação gerada por inúmeros produtos da crise. A falta de emprego (que obriga pessoas a terem empregos insatisfatórios [quantos de nós não seguiram cursos mais por causa da taxa de empregabilidade?]), a dificuldade na transição de uma vida académica para uma profissional, empresas constantemente a falir, no fundo, falta de projectos para o futuro. E os números comprovam tudo o que foi referido. Quer queiramos quer não, uma salário elevado é cada vez mais um objectivo de vida, uma necessidade emergente para sobreviver, e isso pode fazer com que, no futuro, ponhamos a família, os nossos prazeres,por exemplo, em segundo lugar. E sem esquecer os problemas climáticos que assolam o nosso Mundo. O facto do nosso planeta estar em perigo e colocar-nos também em perigo é algo que pode condicionar (e muito!) esta geração. Se nada mudar, muito provavelmente os filhos desta geração não vão ver as grandes maravilhas que os seus avós/pais viram deste mundo.
Porém o termo "perdida" parece-me a mim e a muitos, um termo excessivo. Sim, se nada mudar podemos ser uma geração perdida. Se nada mudar estaremos em crise. Se nada mudar o Planeta sofrerá grandes alterações. Porém, está nas nossas mãos mudar. Parte de nós esta vontade de reverter. E não podemos ficar impávidos e serenos, com olhos vendados, à espera que nos caia um guião à frente com todos os passos do que deveremos fazer. Não ficaria bem sermos reconhecidos no futuro como a geração que estava destinada a perder-se e que nunca nada fez para mudar.


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